Guia Bagaggio
Já se imaginou em um refúgio rodeado por árvores? E se você acrescentar uma cachoeira por perto? Uma represa, talvez. Durante a noite, céu estrelado e vagalumes dando o ar da graça. E se tudo isso estiver combinado com uma hospedagem aconchegante, bem arquitetada, charmosa, com lareira, fogo de chão, banheira ao ar livre e uma rede suspensa.
O brasileiro virou a chavinha durante a pandemia e aprendeu um novo tipo de viagem, aquela em que o destino importa, claro, mas não é o principal motivador. São aquelas viagens que servem quase como uma fuga para quem precisa se desconectar para se reconectar consigo mesmo.
As hospedagens não-convencionais ganharam um espaço grande de tempos para cá, principalmente por conta dos últimos acontecimentos. A necessidade de “fugir para as montanhas”, de respirar o ar puro, de mudar o cenário do home office e de espairecer, fez com que um novo modelo, que já é super estabelecido lá fora, virasse “must” por aqui.
Quem diria que o brasileiro, que até dois anos atrás não resistia a um resort all-inclusive, estaria hoje sedento por um lugar onde a comida fica por sua conta e o serviço de quarto não existe.
Cabana, yurts, casas-flutuantes, trailers, tiny houses, casas-contêiner, bolhas, barcos, casas na árvore, barns, domos e tantos outros estilos onde a hospedagem vale mais do que destino em si, caíram no gosto. Na maioria das vezes, esse turismo tem como um dos principais pilares o distanciamento social – sim, isso passou a ser uma escolha e não um esforço.
A hotelaria não-convencional chegou para ficar. No início, se encaixava perfeitamente no famoso “turismo de isolamento” que aconteceu nos últimos anos, no qual a “escapada” não muito longe de casa era o destino perfeito para quem queria mudar de ares sem ter contato com outras pessoas.
Hoje, o isolamento ainda importa, mas estar em um lugar exclusivo, com uma experiência especial “dentro de uma casa”, estão em alta.
Podemos dizer que essa é uma nova (e fortíssima) vertente do antigo aluguel de temporada. Neste caso, não são casas que alguém coloca à disposição para ganhar um dinheirinho extra, mas sim hospedagens diferenciadas que promovem um momento único seja a dois, com algum amigo ou até mesmo sozinho.
A categoria tem crescido tanto que esse virou um novo tipo de turismo e, consequentemente, um novo tipo de negócio. Não por acaso, um estudo divulgado pelo Airbnb constatou que a procura por aluguel de temporada cresceu 150% durante a pandemia, já a VRBO, teve volume de busca 120% maior para este tipo de aluguel. E esses números prometem se manter mesmo com o afrouxamento das regras de distanciamento social.
Aquelas hospedagens isoladas e rodeadas por natureza (principalmente cabana) são as mais desejadas. Quanto mais remota e com menor contato com outras pessoas, melhor.
Aí basta você colocar uma boa música, preparar seu prato favorito, se esquentar na lareira e admirar a paisagem.
É impossível não se apaixonar por uma experiência assim. Se você está lendo esse texto e ainda não vivenciou isso, fica a dica! Mas prepare-se para ficar completamente viciado!
COMO FAZER A MALA PARA UMA CABANA?
Fui em mais de 80 hospedagens no último ano e meio. A maioria delas a no máximo 300 km da minha casa, em São Paulo. Cerca de 90% dessas hospedagens fui de carro e poderia lotar o porta-malas, mas não é preciso.
A logística de uma cabana é diferente de quando você vai para um hotel. Diferentemente do que acontece na hotelaria, você tem que levar os ingredientes que vai cozinhar e isso ocupa um bom espaço. Geralmente as cozinhas são bem completas (e fotogênicas), então leve seus temperos e ingredientes favoritos. Cozinhar faz parte da experiência.
Muitas dessas acomodações não oferecem amenities, como shampoo, condicionador, sabonete e hidratante, então sua necessaire também vai ficar mais cheia.
Muitas delas aceitam pet, então você pode levar seu melhor amigo para curtir a experiência com você – e consequentemente dedicar um espacinho na mala para as coisinhas dele.
Por isso, é importante tentar ser compacto, levar o essencial e não carregar excessos! Como na maioria das vezes essas hospedagens ficam na natureza, opte por levar roupas de caminhada, botas de trilha, protetor solar, boné e biquíni, vai que tem uma cachoeira no meio do caminho.
Não se preocupe com o básico como roupa de cama e toalhas. São raras as hospedagens que não deixam esses itens à disposição dos hóspedes. Apesar de não serem hotéis, se inspiraram na hotelaria para oferecer o maior conforto aos visitantes. Algumas delas, inclusive, optam por peças usadas e recomendadas em hotéis 5 estrelas, inclusive em relação a travesseiros e cobertores. Uma coisa a menos para você carregar (e ainda vai dormir super bem).
Vamos fazer uma listinha do que você deve levar (considerando um fim de semana – duas diárias), assim fica mais fácil dar check na hora de fazer sua mala.
Ah! Opte por aquelas peças que não amassam.
NA MALA (PODE SER DE BORDO)
– Um pijama e meias quentinhas
– Uma capa de chuva ou um casaco impermeável
– Um casaco de frio
– Bota ou tênis de caminhada
– Duas combinações de roupas de caminhada
– Dois vestidos mais fresquinhos ou duas bermudas e camisetas
– Dois biquínis ou sungas
– Roupa íntima
– Um gorro
– Um boné ou chapéu
– Um chinelo ou uma rasteirinha
– Óculos de sol
– Se sobrar um espacinho, leve baralho ou um bom livro!
NECESSAIRE
– Protetor solar
– Pasta e escova de dente
– Shampoo, condicionador e sabonete pequenos
– Repelente ou citronela
– Hidratante em frasco de viagem
– Pente ou escova de cabelo
Não tem segredo. Seja prático e curta o momento!
EQUIPAMENTOS
Se você puder, se desconecta! Mas se quiser registrar alguns bons momentos, não esqueça de levar uma câmera fotográfica. Pode ser o celular, claro. Mas tenta fazer um detox das redes sociais 😊.
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Conheças as principais malas de bordo da Bagaggio.
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